O gestor da Cooperativa de Catadores de Apucarana, Cocap, Antônio Roberto Nogueira, informou que recentemente foi feito um levantamento que apontou que 40% do lixo reciclável de Apucarana vai direto para o aterro. Ou seja não é reaproveitado.
Ainda de acordo com Antônio, 40% equivale a aproximadamente 800 toneladas de lixo que poderia ser reaproveitado e gerar mais renda a cooperativa.
O gestor da Cocap ressaltou que recebem em torno de 240 toneladas de lixo, e que apenas metade é reciclável, o restante precisa ser descartado.
“As pessoas precisam ter mais consciência e separar o lixo corretamente. Se todo o lixo reciclável chegasse até a Cocap, com certeza teríamos uma melhor geração de renda para os nossos cooperados,” destaca Antônio.
Antônio contou que em Dezembro do ano passado, em meio ao lixo foi encontrado uma sacola com 8 filhotes de gatos que estavam vivos. Que todos os dias papel de banheiro, animais mortos, restos de comida são descartados de forma errada e chegam até a cooperativa.
Pilhas com frequência também são descartadas em meio ao lixo reciclável. “ As pilhas por se tratar de um volume menor, ainda separamos, as colocamos em baldes, e estamos em contato com uma empresa de Curitiba para realizar o adequado descarte,” informa Antônio.
Já as lâmpadas fluorescente não são aceitas na cooperativa. Existe na Cocap cerca de 400 mil unidades que precisam ser retirados do espaço.
Antônio está à frente da cooperativa a quase um ano, e disse que os primeiros passos como gestor foi repassar os recursos aos cooperados, acertar dívidas com fornecedores e parcelar o pagamento de algumas pendências.
Ele avalia esse tempo no comando da Cocap de forma positiva, mas com muito trabalho ainda para ser realizado, como por exemplo melhorar a infraestrutura da cooperativa. E também fazer com que as pessoas tenham mais consciência na hora de separar o lixo.
“Precisamos da ajuda da comunidade, precisamos que o lixo reciclável chegue até a cooperativa, precisamos que o lixo seja separado de fora adequada, são pessoas que trabalham aqui,” conclui Antônio.
Confira a reportagem completa com Antônio no áudio abaixo.
