Uma mulher de 51 anos foi encontrada morta em um prédio em Londrina, no norte do Paraná, na tarde de domingo (24). O corpo da vítima, que morava no quarto andar do edifício, foi achado no estacionamento do prédio com ferimentos de faca pelo corpo. Segundo a delegada Geanne dos Santos Timóteo, pouco antes da queda, uma funcionária presenciou uma briga entre ela e o marido.
O marido da vítima, dois irmãos dele e um sobrinho, que estavam no apartamento na hora que a polícia chegou no local, foram presos suspeitos de feminicídio. Eles seguem detidos nesta segunda-feira (25).
“A polícia foi chamada como sendo um caso de suicídio, uma mulher teria caído do prédio. Mas, os peritos identificaram perfurações de faca do corpo da vítima caracterizando o feminicídio”, disse a delegada.
Testemunhas contaram à polícia que, antes da queda, Olga Aparecida dos Santos já tinha pedido socorro do seu apartamento..
Antes do crime, ela também entregou uma caixa com facas, chave de fenda e martelo a um vizinho para que ele escondesse. Essa pessoa relatou à Polícia Militar que a mulher pediu para esconder os objetos alegando que o marido iria matá-la.
A delegada confirmou esse depoimento e ainda informou que o casal brigou antes da mulher ser encontrada morta.
“A funcionária do prédio contou que poucos minutos depois da briga ter, aparentemente, se encerrado e a situação ter se acalmado, ocorreu a queda”, detalhou Geanne Timóteo.
Ao serem interrogados, os quatro suspeitos disseram que não sabiam das lesões na vítima, negaram que teriam jogado o corpo do apartamento e os parentes do homem também relataram que não presenciaram nenhuma discussão.
“Todos negaram o crime, embora o marido da vítima estivesse com a camiseta manchada de sangue. O apartamento também estava, aparentemente, muito limpo, concluindo que houve uma alteração do local”, esclareceu a delegada.
A Polícia Civil ainda investiga o caso, pois os policiais não encontraram a arma utilizada no crime. Para concluir o inquérito, a polícia deve ouvir mais testemunhas e aguardar o laudo da criminalística.
“Ainda não foi possível individualizar a participação de cada um dos suspeitos. Também se conclui, pela debilidade física do marido, é uma pessoa idosa e tem dificuldade de locomoção, que ele não poderia ter praticado o crime sozinho e lançado o corpo da vítima. Conclui-se que houve a participação de outras pessoas”, diz a delegada Geanne dos Santos Timóteo.
A Justiça pediu manifestação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) antes de decidir se homologa a prisão em flagrante, se irá converte-la em prisão preventiva ou se soltará os suspeitos.