O administrador diocesano da Diocese de Apucarana, Padre João Ozório de Oliveira, emitiu nota de repúdio de repúdio ao STF contra as razões da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, e a tentativa de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, proposta pelo PSOL.
No texto, o padre diz que se manifesta em defesa da vida desde a fecundação. “A vida humana, portanto, deve ser respeitada, protegida e defendida em modo absoluto. Conclamamos mais uma vez a tutela do valor maior, que é o direito à vida. Uma democracia consolidada não pode rejeitar a dignidade e o tratamento igualitário de todos os seres humanos. O aborto quebra essa paridade”, diz a nota.
O bispo Dom Celso Antônio Marchiori que era de Apucarana e agora está a frente da Diocese de São José dos Pinhais ressalta a importância de garantir o direito a vida. E repudia qualquer tentativa de liberação do aborto.
O Bispo fala melhor sobre o assunto no áudio abaixo.
O repórter Cezar Neves conversou com moradores de Apucarana, e perguntou a eles qual era a opinião sobre o aborto, se são a favor ou contra.
De 10 entrevistados, apenas uma mulher foi a favor da legalização. Confira a reportagem no áudio abaixo.
Abaixo segue a nota emitida pela Diocese de Apucarana.
Nota de Repúdio
Pe. João Ozório de Oliveira, Administrador Diocesano da Diocese de Apucarana, divulga nota de repúdio ao STF – Supremo Tribunal Federal, contra as razões da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442, e a tentativa de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, proposta pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).
Diante do proposto acima:
• Proclamamos a defesa da vida desde a fecundação até o seu ocaso natural. “Não matarás o embrião por aborto e não fareis perecer o recém-nascido” DIDAQUÊ 2,2;
• A vida humana, portanto, deve ser respeitada, protegida e defendida em modo absoluto;
• Reiteramos a sacralidade da vida humana, em todas as suas circunstâncias, independentemente de suas condições de crenças, condições sociais, políticas e ideológicas;
• O ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, não meio para resolver outras dificuldades.
Se cai esta convicção não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos. Ficariam sujeitos à conveniências contingentes dos poderosos de turno. Não se deve esperar que a Igreja altere sua posição sobre esta questão. Não é opção progressista resolver os problemas eliminando a vida humana. (Papa Francisco aos ginecologistas católicos, em 20/09/2013);
• A defesa da vida constitui elemento fundamental constitutivo da sociedade civil e sua Legislação;
• Reafirmamos a dignidade das mulheres, solidarizamos e apoiamos toda busca de superação da violência e discriminação por elas sofridas, porém, o aborto jamais poderá ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do embrião. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra vida indefesa. O não querer o outro, não me dá o direito de eliminá-lo. “O aborto não é um mal menor, nem teológico ou religioso em si. É mal humano. É mal em si. Por isso condenável”. (Papa Francisco, na 14ª Assembleia Geral do Sínodo, em 04/10/2015).
• Conclamamos todos os poderes constituídos em uma sociedade democrática de direitos, que respeitando a autonomia dos poderes legislem em favor da vida. Existem saídas legais, soluções viáveis, honestas e morais, que podem ser implementadas em favor das mulheres, sobretudo as mais desprotegidas.
• Conclamamos mais uma vez a tutela do valor maior, que é o direito à vida. Uma democracia consolidada não pode rejeitar a dignidade e o tratamento igualitário de todos os seres humanos. O aborto quebra essa paridade.
• Rogamos, portanto, ao Supremo Tribunal Federal, a defesa da vida, desde a concepção até o seu ocaso natural, e a garantia das prerrogativas do Congresso Nacional, como a instância legitimada para regular esta matéria.
Confiamos à Virgem Maria, Mãe do Filho de Deus, todas as mães e seus nascituros, e que Deus generosamente abençoe a todas.
Pe. João Ozório de Oliveira
Administrador Diocesano de Apucarana