Morte de 12 bebês é investigada pela 16ª Regional de Saúde

O número de mortes de bebês em Apucarana gerou uma grande preocupação, foram 12 óbitos desde o início deste ano. A 16ª Regional de Saúde de Apucarana informou que está investigando os casos.

O chefe da Regional, Altimar Carletto relatou que existem explicações para 11 das 12 mortes, que seis foram mortes fetais e cinco de crianças que nasceram mas faleceram logo em seguida. No Hospital da Providência aconteceram 11 partos, um foi realizado em Londrina, nesse caso a família era de moradora de Arapongas.

“Nos casos de óbitos fetais, alguns foram por morte intrauterina em função de problemas de saúde com a mãe, outros má formações, alguns bastantes prematuros. Os outros casos, de crianças que chegaram a nascer, a causa da morte foi também a má formação cardíaca ou má formação de vasos relacionados a cardíaca. Tivemos uma criança prematura com má formação do pulmão que não sobreviveu, dois casos com problemas com as mães, uma era diabética e teve complicações e outra estava com uma infecção urinária que gerou uma infecção intrauterina comprometendo a criança,” explica Altimar.

Ainda de acordo com o chefe da Regional, está afastada qualquer hipótese de infecções hospitalar, bacteriana ou viral que pudesse ter provocado as mortes.

Altimar disse ainda que 11 desses 12 casos tem uma explicação plausível. “Estamos esperando o laudo do IML de Londrina para apontar a morte de uma criança que nasceu a tempo, mas logo em seguida sofreu uma morte súbita, estamos aguardando o resultado da autopsia para identificar a causa desse óbito,” relata o chefe da Regional.

A 16ª Regional de Saúde repassou que existe um grupo técnico composto por 14 pessoas que realiza a investigação de cada um dos óbitos, para assim descobrir a causa da morte. Buscam também informações se a mãe fez o Pré- natal  com regularidade.

Altimar repassou que mesmo com as explicações das mortes, sabe que de maneira geral 12 óbitos é acima do normal, ele contou que a média de mortes de recém nascidos são de 3 a 4 por mês, também disse que o número de partos aumentou e muito se comprado com o ano passado.

“De 2018 para 2019 nesse mesmo período tivemos um aumento de 40% do partos, foram quase 400 já neste ano. Vale ressaltar que o Hospital da Providência é referência em gestação de alto risco, que atende 17 municípios do Vale do Ivaí,” comenta Altair.

No ano de 2018 foram no total 43 mortes de bebês. Nesse ano, nos casos de crianças que nasceram mas na sequência já faleceram, duas famílias eram de Arapongas, uma de São Pedro do Ivaí, uma em Mauá da Serra, uma em Apucarana e uma em Rio Bom.

Nos casos de fetos que morreram as famílias eram de: Uma Arapongas, duas de Novo Itacolomi e três de Apucarana. “Sabemos que é um número alto de mortes, mas há uma explicação para cada um, os porquês que essas mortes aconteceram,” conclui Altimar.

A Repórter Sílvia Vilarinho acompanhou a entrevista concedida para a imprensa. Veja a gravação no vídeo abaixo: 

 

Nota de Esclarecimento

O Hospital da Providência Materno Infantil, por meio de sua assessoria de imprensa, informa que é Hospital de referência no atendimento de gestação de alto risco para 17 municípios, integrantes da regional de saúde de
Apucarana.

Por esse motivo, além de atender gestantes consideradas de baixo risco,são direcionadas ao Hospital da Providência Materno Infantil, para o nascimento dos bebês, grande demanda de gestantes com fatores de riscos associados à gestação, como diabetes, hipertensão, tabagismo e dependência química.As pacientes com parto de alto risco somam mais de mil casos por ano.

São diversos os quadros de saúde das pacientes com gestação de risco,em alguns casos o feto morre antes do nascimento, até mesmo antes de chegar ao Hospital. Há também quadros em que o bebê nasce muito antes do
final da gestação, sendo prematuro extremo, não conseguindo sobreviver, mesmo recebendo todo o atendimento necessário. Os nascimentos prematuros também podem ocorrer por critério médico de interrupção da gestação, sempre que houver risco para a saúde da mãe e do bebê.

A ocorrência de um óbito entristece os membros da nossa equipe, composta por médicos, enfermeiros e profissionais de outras áreas, que se empenha muito pela saúde dos pacientes.

Durante o ano de 2019, ocorreram 11 óbitos:
 05 óbitos de pacientes natimortos (morte antes de nascer), que
morreram antes mesmo de chegar ao Hospital;
 01 óbito de paciente natimorto (morte antes de nascer), que faleceu
após chegada ao Hospital;
 04 óbitos de pacientes prematuros, quando ocorre o nascimento da
criança antes do final do período de gestação;
 01 óbito infantil por complicação fetal durante o trabalho de parto.

Independente do motivo, todos os casos de óbito que ocorrem são
analisados por uma comissão de revisão da Secretaria de Estado da Saúde,
composta por uma equipe de técnicos, inclusive de médicos, que se reúnem
especificamente para este fim.

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