Desde a anexação da Crimeia em 2014, o governo russo vem investindo pesado na militarização das escolas públicas, com o objetivo de incutir nos jovens um forte sentimento de patriotismo e lealdade ao país.
Nas creches e nos parques infantis, as crianças aprendem a marchar e a usar uniformes. Nas escolas primárias e secundárias, elas recebem treinamento básico de combate, como cavar trincheiras, lançar granadas e atirar com armas de fogo. Além disso, elas participam de clubes “militares-patrióticos”, que promovem atividades como acampamentos, desfiles e simulações de guerra.
O currículo escolar também foi alterado para valorizar a história militar da Rússia, destacando as vitórias e os heróis nacionais. As aulas de valores “militares-patrióticos” são obrigatórias e visam preparar os estudantes para o serviço nas forças armadas.
Mas qual é o propósito dessa estratégia? Segundo o governo russo, trata-se de uma forma de fortalecer a identidade nacional e a defesa do território, diante das ameaças externas. No entanto, alguns críticos apontam que se trata de uma forma de doutrinação ideológica e de violação dos direitos humanos das crianças.