Na quinta-feira (12), Dia da Padroeira do Brasil e Dia das Crianças, as cidades de Apucarana e Arapongas têm programadas ações de protesto contra a possibilidade de legalização do aborto no Brasil. A causa ganhou força após a ministra do STF, Rosa Weber votar a favor da liberação do procedimento a todas as mulheres, para qualquer caso até 12 semanas de gestação. Com a questão em andamento e os prazos ao fim, o Congresso Nacional reiniciou o debate e vários eventos contra o ABORTO, estão acontecendo no país.

Assim acontecerá na região com o protagonismo de organizadores de Apucarana, às 15h no feriado e Arapongas, às 9h da manhã. Nas duas cidades, a concentração dos manifestantes será nas praças centrais. O tema teve apoio incondicional de entidades, como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que em nota ressaltou-se contra a proposta em destaque na Suprema Corte: “O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu”.
O documento lembra ainda que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto”. E afirmam: “A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade”.
A questão do aborto no Brasil veio à tona com a ministra – agora aposentada, Rosa Weber – que pautou o assunto a pedido do partido PSOL e deu o primeiro passo para atender a solicitação da minoria. Como a votação foi aberta de forma online, ela pôde se pronunciar antes de sua aposentadoria. Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso – que assumiu em seu lugar a presidência do STF, apresentou um pedido de destaque da matéria, levando o debate para o plenário e adiando a decisão.
Evitando polemizar ainda mais – sem dizer se a intenção é ganhar tempo, semana passada, o ministro Barroso, disse não ter planos de retomar o julgamento sobre a descriminalização do aborto. Mas, cabe a ele a decisão de pautar ou não o tema para ser votado. Enquanto isso, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados buscar retomar o tema para esvaziar a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442 em pauta, o que atende ao pedido do partido político que se manifesta pró-aborto.