Um vídeo circulando nas redes sociais nesta quarta-feira (19) trouxe à tona mais um episódio controverso envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR). O parlamentar foi flagrado em meio a uma briga física na Rua Vicente Machado, localizada na região central de Curitiba.
Nas gravações, é possível ver Freitas e um homem não identificado trocando socos. Ambos aparentam ter ferimentos no rosto decorrentes das agressões. Em um momento de tensão capturado pelas câmeras de testemunhas, o deputado aparece ao lado de um homem de moletom azul — supostamente um conhecido ou assessor — que tenta intervir contra o outro envolvido.
O parlamentar, no entanto, afasta o acompanhante e diz: “Deixa, deixa eu”, antes de retomar o confronto direto. Populares que passavam pelo local tentaram separar a briga. Até o fechamento desta matéria, a motivação do conflito ainda era desconhecida.
Nota oficial
O deputado Renato Freitas (PT), se manifestou. Segundo ele, um homem, até então de identidade desconhecida, o abordou e iniciou uma série de ataques, sem motivo aparente.
Diz a nota que, o agressor perseguiu o deputado por algumas quadras e incitou um confronto físico. Renato reagiu às agressões, quando foi atingido com um soco no nariz.
Após o golpe, o homem teria continuado as provocações ao parlamentar com frases como “Não é você o famosinho?” e, em seguida, chamando Renato de “vereador do PSOL”, o que demonstra o caráter ideológico e racista do ataque. Mesmo sem reconhecer o real cargo político ocupado por Renato, o agressor age motivado pelo ódio contra políticos de esquerda.
O deputado Renato Freitas fraturou o nariz e foi encaminhado ao hospital.
Histórico de confrontos e polêmicas
O incidente desta quarta-feira não é um caso isolado na trajetória política de Renato Freitas. O deputado acumula uma série de episódios de grande repercussão midiática e judicial:
Invasão à Igreja (2022): O caso mais notório ocorreu quando Freitas, então vereador de Curitiba, liderou um protesto antirracista que adentrou a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos durante uma missa. O ato gerou um processo de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar, que foi posteriormente revertido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Detenções e Abordagens: O parlamentar já foi detido em situações anteriores por desobediência e desacato, alegando frequentemente ser vítima de perseguição policial e racismo institucional.
Conflitos na ALEP: Desde que assumiu como deputado estadual, Freitas protagonizou embates acalorados no plenário, incluindo discussões ríspidas com o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD), a quem acusou de censura e corrupção.
As imagens da briga na Rua Vicente Machado continuam a repercutir, levantando novos debates sobre a postura do parlamentar e a segurança pública na capital paranaense.
Com agências