Em entrevista concedida à imprensa nesta segunda-feira (1º), em Curitiba, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, confirmou que o Paraná deve receber, nos próximos dias, o primeiro lote — com 37 mil doses — da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em bebês. O envio será feito pelo Ministério da Saúde.
Segundo o secretário, o imunizante está sendo incorporado ao calendário regular do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Vamos receber esse primeiro lote nos próximos dias para começar a vacinar mulheres com mais de 28 semanas de gestação. A vacina protege o recém-nascido nos primeiros seis meses, contra o vírus sincicial respiratório, que neste ano de 2025 — infelizmente — causou muitas internações de bebês e também alguns óbitos”, explicou Beto Preto.
A 16ª Regional de Saúde de Apucarana também aguarda o envio. De acordo com o diretor Paulo Vital, a primeira remessa pode chegar ainda nesta semana.
“Trata-se de uma vacina muito importante para proteger o recém-nascido nos primeiros seis meses de vida, período de maior vulnerabilidade para doenças graves causadas pelo VSR, como bronquiolite e pneumonia”, destacou.
Beto Preto reforçou que a imunização das gestantes é fundamental, pois a transferência de anticorpos ocorre pela placenta.
“A incorporação deste novo imunizante é um passo muito significativo para a saúde pública. É um ganho importante ao cuidado da mãe e do seu bebê, pois vacinando as gestantes contra o VSR elas conferem imunidade passiva ao filho, protegendo-o contra infecção grave durante os primeiros meses de vida”, afirmou o secretário.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já iniciou o planejamento técnico e operacional para a chegada das doses. O processo inclui capacitação de equipes municipais sobre armazenamento, aplicação e registro vacinal. Assim que o Ministério da Saúde confirmar o envio, as doses serão distribuídas às regionais e repassadas aos municípios.
O VSR é considerado uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês, podendo evoluir para quadros graves que exigem internação. De acordo com o Informe Epidemiológico de Síndromes Respiratórias Agudas Graves da Sesa, o vírus é identificado anualmente como um dos mais prevalentes nas análises realizadas pelo Lacen/PR, reforçando a importância da imunização preventiva.
