A Polícia Militar foi acionada na manhã desta terça-feira (17) para atender uma ocorrência de policiamento presença na Praça da Avenida Brasil, região central de Cambira (PR), após denúncias de vandalismo e maus-tratos a um animal.
Segundo informações repassadas à equipe policial, três pessoas em situação de rua, aparentemente sob efeito de álcool e entorpecentes, estariam quebrando garrafas na praça pública, colocando em risco frequentadores do local. Durante a situação, testemunhas relataram que um dos envolvidos mantinha um cão de aproximadamente cinco meses, que estaria sendo enforcado e arrastado pela coleira.
Ainda conforme o relato, uma médica veterinária, que presenciou a cena, constatou que o animal apresentava doença do carrapato e uma infecção grave na orelha. Diante do quadro, ela se prontificou a assumir a tutela do cão e arcar com os custos do tratamento veterinário.
Durante a abordagem policial, um dos abordados passou a ameaçar testemunhas, afirmando que retornaria ao local para matá-las após a saída da polícia. As vítimas foram orientadas quanto aos procedimentos legais, incluindo o prazo para representação criminal em casos de ameaça. Os envolvidos acabaram liberados no local.
A ocorrência foi acompanhada por um vereador do município e por uma representante da ONG AsparPet Amor, que informou à equipe policial que, no dia anterior, havia recebido diversas denúncias apontando que o mesmo grupo estaria submetendo o animal a maus-tratos ao longo de todo o dia.
Ainda durante a ação, um homem identificado por populares passou a filmar a atuação da polícia, proferindo palavras de ordem e incitando pessoas que acompanhavam a ocorrência, afirmando que “animais valem mais do que pessoas”. No momento em que a equipe deixava o local, o indivíduo adotou postura agressiva e tentou impedir a movimentação da viatura, sendo então abordado pelos policiais.
Após busca pessoal e consulta aos sistemas de segurança, nada de irregular foi constatado em desfavor do homem, que foi orientado a prestar esclarecimentos como testemunha, em razão do registro audiovisual da ocorrência, e liberado em seguida.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência e deverá ser analisado pelas autoridades competentes.
