A leptospirose, doença bacteriana grave transmitida principalmente pela urina de ratos, acende um alerta no Paraná com a chegada do período chuvoso, que vai de novembro a março. De janeiro a novembro de 2025, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 1.557 notificações da doença, com 247 casos confirmados e 18 mortes.
A maior concentração de registros está na Região Metropolitana de Curitiba, que soma 869 notificações e 12 óbitos. Outras regionais também apresentaram casos e mortes, como Paranaguá, Ponta Grossa, Maringá e Telêmaco Borba. Segundo a Sesa, os primeiros sintomas surgem de forma repentina e se assemelham a uma gripe, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
A contaminação ocorre principalmente pelo contato da pele lesionada ou mucosas com água ou lama contaminadas, situação comum em enchentes e alagamentos. Febre alta, dores musculares — especialmente nas panturrilhas —, dor de cabeça e náuseas estão entre os sintomas iniciais. Sem tratamento, a doença pode evoluir para quadros graves, com insuficiência renal, icterícia e hemorragias.
As autoridades de saúde orientam evitar áreas alagadas, usar equipamentos de proteção quando o contato for inevitável, manter cuidados com a higiene e o controle de roedores. Ao apresentar sintomas após exposição a áreas de risco, a recomendação é procurar atendimento médico imediato, já que a leptospirose tem tratamento e cura, mas o atraso no diagnóstico pode ser fatal.
Com Agência Estadual de Notícias