Apucarana entra em zona de atenção para eventos climáticos extremos

Especialistas alertam que o cenário de instabilidade e mudanças no padrão climático coloca a região em zona de atenção

Nos últimos anos, Apucarana e municípios da região Norte do Paraná têm sentido de forma crescente os efeitos de eventos climáticos severos. Embora a cidade não esteja entre as mais atingidas por fenômenos extremos, especialistas alertam que o cenário de instabilidade e mudanças no padrão climático coloca a região em zona de atenção permanente para ventanias, tempestades com granizo e chuvas intensas em curtos períodos de tempo.

As ocorrências registradas ao longo de 2025 reforçam essa percepção. Rajadas de vento acima de 60 km/h, quedas de árvores, destelhamentos e interrupções na rede elétrica se tornaram mais frequentes, mesmo em situações de chuva rápida. Em julho, um vendaval deixou diversos pontos da cidade sem energia e provocou danos em telhados e estruturas.

Além dos ventos fortes, a combinação de calor, umidade e passagem de frentes frias tem favorecido tempestades localizadas com granizo e altos volumes de chuva. Essas descargas atmosféricas súbitas aumentam o risco de enxurradas urbanas e prejuízos para o setor agrícola, especialmente nas áreas rurais do entorno de Apucarana.

Outro ponto de vulnerabilidade está na infraestrutura urbana. A fiação aérea, o grande número de árvores e a topografia acidentada de alguns bairros favorecem a ocorrência de danos durante vendavais. Situações semelhantes também impactam a zona rural, onde galpões, estufas e plantações são mais expostos a granizo e ventos de alta intensidade.

Os estudos estaduais de vulnerabilidade climática indicam que o Paraná vem registrando maior frequência de extremos — alternando períodos de chuva excessiva com estiagens mais longas. Isso exige atenção tanto das autoridades quanto da população. Planejamento urbano adaptado, manutenção preventiva e sistemas de drenagem eficientes são considerados essenciais para reduzir danos.

A prefeitura de Apucarana tem promovido debates sobre emergência climática e ampliado o acompanhamento de alertas meteorológicos. Especialistas defendem que esse tipo de ação deve ser permanente e integrada com o sistema de Defesa Civil e o setor produtivo.

Apesar de o risco de fenômenos extremos como tornados ser baixo, os eventos de ventania e tempestade severa já são realidade local. O recado dos meteorologistas é claro: a natureza mudou de ritmo, e o poder público e a população precisam estar preparados para enfrentar o novo clima que se desenha sobre o Norte do Paraná.

Agência Rádi0

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