A morte de uma gestante de 25 anos, encontrada sem vida dentro de sua residência no Jardim Novo Horizonte, em Apucarana, nesta quinta-feira (18), gerou profunda comoção na cidade. A jovem, que vivenciava sua primeira gestação e estava na 33ª semana, realizava o acompanhamento pré-natal regularmente em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e não apresentava histórico de gravidez de risco.
Como o corpo não apresentava sinais de violência, o caso foi tratado inicialmente como morte natural, sendo liberado diretamente para a Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (ASERFA). Diante da tragédia, familiares fizeram um apelo emocionado para ver a jovem antes dos procedimentos de necropsia e preparação realizados pelo médico da instituição. O pedido foi atendido após a intervenção do diretor da Aserfa, José Airton de Araújo, o Deco.
“É um caso muito triste e complexo, pois trata da morte de mãe e da criança que ela estava esperando. Estamos dando todo apoio aos familiares nesse momento de desespero”, afirmou Deco, solidarizando-se com a família.
Protocolo de Investigação Além dos trâmites funerários, o caso aciona os protocolos de vigilância em saúde. A 16ª Regional de Saúde (16ª RS) acompanha a situação para entender as causas do óbito.
Sabrina Kuniczki, responsável técnica pelo monitoramento desses casos na 16ª RS, explica que o órgão monitora todos os óbitos maternos, infantis e fetais nos municípios de sua abrangência, oferecendo suporte às equipes municipais na investigação epidemiológica.
Segundo Kuniczki, após a ocorrência, o Comitê Municipal realiza a investigação inicial, que posteriormente é qualificada pela Regional através do GTARO (Grupo Técnico de Agilização e Revisão de Óbitos). “O GTARO tem como objetivos monitorar, investigar, analisar e interpretar os determinantes dos casos, a fim de instituir ações para prevenção de óbitos evitáveis e qualificar a atenção à saúde nos municípios”, ressalta a responsável.
Da Redação 98FM
