Apucarana se torna palco do maior varal de poesias do mundo

Nesta quinta-feira (30) na Praça 28 de Janeiro de Apucarana, o vento virou cúmplice da arte. Em uma dia dourado e iluminado, fios se estenderam de ponta a ponta no coração da cidade, sustentando milhares de papéis coloridos — poemas e sonhos, fragmentos de alma — compondo o que se tornou o maior varal de poesias do mundo. Ali estavam, poetas conhecidos do público e de primeiras letras, que literalmente pregaram suas palavras em mais de mil metros de varal esticado.

A cidade respirou literatura nesse 30 de outubro. Poesias simples. Versos pensados. O evento, idealizado por escritores e educadores locais, transformou a praça em uma galeria a céu aberto, onde o público caminhava entre versos como quem passeia por um jardim. Cada poema, pendurado com pregadores simples, carregava o poder de emocionar e provocar reflexão.

Crianças, jovens e adultos participaram com entusiasmo, recitando, escrevendo e fotografando. Famílias inteiras pararam para ler os textos espalhados, enquanto a música e o burburinho das conversas davam ritmo ao encontro. Não era apenas uma exposição de palavras — era uma celebração da linguagem viva, da criatividade e da identidade cultural de Apucarana.

A atmosfera lembrava um festival de sensações. O cheiro de pipoca misturava-se ao som dos risos e às vozes que declamavam. Cada olhar parecia encontrar no varal uma lembrança, uma confissão, uma esperança. Mais do que quebrar recordes, o gesto simbolizou algo maior: o poder da palavra compartilhada. Ali, poesia não estava confinada em livros, mas espalhada ao vento — disponível para todos. E quando o sol se pôs, os papéis ainda tremulavam, como se os versos quisessem permanecer por mais tempo na tarde que se tornara, ela mesma, um poema.

Rodrigo Recife, Secretário Municipal de Cultura juntamente com sua equipe acompanhou todo desenrolar dos fios, prender dos papéis e estiramento dos varais no entorno da praça pioneira de Apucarana. Assim como ele, investiram tintas em suas canetas, os escritores Tiago Zardo, Ivete Berton e Luiza Godoy.

Agora, a expectativa cruza as ruas da linda praça e deve romper oceanos muito em breve. Isso porquê, o objetivo dos organizadores do evento é se habilitar ao guinness world records – Quinness Book – de poesias em varal, com mais de um quilômetro de pura cultura escrita. Assim, onde jaziam folhas virgens em absoluta metamorfose, tremulam ao vento sul, impregnados papiros de imaginação com os atentos escritores expondo suas saídas palavras, em busca de seu lugar no tempo, que é presente. Ali, mais que perfeito.

Agência Rádio

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