A madrugada deste domingo (14 de dezembro) foi marcada por mais um episódio de violência na Avenida Governador Roberto da Silveira, na região da Barra Funda/Parque Industrial de Apucarana. Um homem de 27 anos, identificado como Dominique Silva, foi morto a tiros em frente a uma casa noturna. O endereço chama a atenção das autoridades por ser o mesmo ponto onde a costureira Cíntia Cristina Silveira da Costa, de 31 anos, foi vista pela última vez em maio deste ano, antes de desaparecer em um caso que a Polícia Civil trata como homicídio.
O novo crime
Por volta das 4h05 da manhã, equipes do SAMU e da Polícia Militar foram acionadas para atender a uma ocorrência de disparos de arma de fogo. Ao chegarem ao local, socorristas constataram o óbito de Dominique Silva ainda no estacionamento do estabelecimento.
De acordo com relatos preliminares de testemunhas, os disparos teriam partido de ocupantes de um veículo Fiat Uno, cor prata, que se evadiu em alta velocidade logo após a execução. A Polícia Civil e a Polícia Científica isolaram a área para perícia e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Apucarana.
Mistério não solucionado
A morte de Dominique traz à tona novamente o nome da boate nas páginas policiais, reacendendo a memória do caso Cíntia. A costureira desapareceu na madrugada de 25 de maio de 2025, após sair do mesmo estabelecimento.
Na época, Cíntia foi filmada por câmeras de segurança e vista por testemunhas saindo do local. Desde então, ela nunca mais fez contato com a família, que reside no Jardim Ponta Grossa. A Polícia Civil de Apucarana, após meses de investigações e buscas em áreas de mata (como no Residencial Fariz Gebrin), e recentemente no Distrito de Vila Reis, mudou o status da investigação de desaparecimento para assassinato, embora o corpo da jovem ainda não tenha sido localizado.
Investigações paralelas
Embora os crimes tenham ocorrido no mesmo endereço e com meses de diferença, a polícia investiga se há alguma conexão entre a dinâmica da violência no local ou se tratam-se de fatos isolados que compartilham apenas o cenário.
Caso Dominique (Dezembro/2025): A investigação foca na identificação dos atiradores do Fiat Uno e na motivação da execução do rapaz de 27 anos.
Caso Cíntia (Maio/2025): O inquérito segue aberto, tratado como homicídio, com a polícia buscando novos elementos que levem à localização do corpo ou aos autores do crime.
A Polícia Civil pede que qualquer informação que possa ajudar na elucidação da morte de Dominique ou no paradeiro de Cíntia seja repassada, mesmo que de forma anônima, pelos canais de denúncia.
