Casos de dengue triplicam e geram alerta em Apucarana

O prefeito Júnior da Femac comandou nesta segunda-feira (20/11) uma reunião de
emergência para debater estratégias de combate à dengue no município. Segundo dados
da Autarquia Municipal da Saúde (AMS), o número oficial de casos neste mês já é três
vezes maior do que no mesmo período do ano passado. “Na primeira quinzena de
novembro de 2022 Apucarana registrava seis casos e, neste ano, o número de casos
positivos foi de 18 no mesmo período O crescimento mostra-se exponencial e a
projeção, pelo registro diário de novas suspeitas no sistema de saúde, é de este mês de
novembro feche com índice 10 vezes superior ao registrado no ano passado, ou seja,
pelo menos 60 casos positivos da doença devem ser oficializados”, informa o prefeito
Júnior da Femac.

Segundo ele, a preocupação é com a vida. “Até o momento não tivemos óbitos, mas
com o avanço da doença tememos por nossas gestantes, crianças (que desidratam muito
rápido) e idosos (que geralmente por já terem uma comorbidade) são mais suscetíveis
ao agravamento da doença. A dengue mata”, alerta o prefeito.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no último período
epidemiológico (2022/2023), finalizado em 31 de julho deste ano, foram registradas 108
mortes por dengue em todo o Paraná. Durante a reunião de emergência, que contou com
a participação do secretário Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, do superintendente
de Vigilância em Saúde, Marcelo Viana, do coordenador da Divisão de Vigilância
Epidemiológica, Luciano Simplício Sobrinho, e do coordenador do setor de Combate a
Endemias, Mauro de Aguiar Almeida, Júnior observou que o aumento do número de
casos é um fenômeno que tem atingido todo o país, tendo como principal agente a
mudança climática. “Com um ano atípico, onde praticamente não houve inverno e
registrou-se muita chuva e calor, as estatísticas mostram o aumento da dengue em vários
municípios, não só em Apucarana. Londrina e Maringá, por exemplo, que são nossa
área de abrangência, também registram três vezes mais casos do que no mesmo período
do ano passado, um quadro preocupante que necessita de resposta rápida, por isso
contamos com a mobilização de toda a população, onde as pessoas devem, mais do que
nunca, estarem diariamente atentas ao quintal, as calhas, ao seu comércio, à sua
indústria, ao seu terreno não edificado, à sua obra, enfim, atendo à sua comunidade para
eliminar todo potencial criadouro do mosquito Aedes Aegypti, que é o vetor da dengue,
da zika e chikungunya”, solicitou o prefeito.

Júnior da Femac pondera que o cenário é realmente preocupante e deve ser encarado com
muita seriedade. “Estamos apenas no início de um período crítico para a dengue, que é o
verão, onde temos muita chuva e calor, e não podemos permitir o avanço da proliferação do
mosquito, que levaria o município a uma epidemia”, observa o prefeito. De acordo com ele,
no caso de Apucarana, um estado epidêmico estaria instalado a partir do registro de 412
casos dentro do ciclo epidemiológico. “Não queremos que vidas sejam perdidas para este
mosquito. Dengue mata”, reforçou Júnior.

Além de alerta à população, foram definidas como estratégias imediatas de combate à
dengue a intensificação de ações com as equipes de agentes comunitários de endemias,
atividades de treinamento com profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem,

enfermeiros e médicos, reforço do estoque de medicamentos e insumos necessários ao
tratamento da doença, ações de educação junto a rede municipal e estadual de ensino,
entre outras atividades. “O crescimento do número de casos preocupa, pois revela que o
vírus e o mosquito estão circulando por toda a cidade. Orientamos as pessoas a,
qualquer sintoma da doença, procurar imediatamente atendimento médico”, diz Marcelo
Viana, superintendente de Vigilância em Saúde. Ele destaca que o mosquito transmissor
procria em todo tipo de ambiente com água. “Na calha, na grelha, no ralo do banheiro,
atrás da geladeira, no copinho plástico e vaso no quintal, na forminha com água, tem
que eliminar tudo isso”, orienta o superintendente.

Sintomas principais da dengue
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta > 38°C;
Dor no corpo e articulações;
Dor atrás dos olhos;
Mal estar;
Falta de apetite;
Dor de cabeça;
Manchas vermelhas no corpo.

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