A comercialização de frutas e verduras nas cinco Ceasas do Paraná (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) caiu 80% com as manifestações dos caminhoneiros pelas estradas do país, de acordo com a central técnica.
Os centros de distribuição estão abertos, embora com poucos produtos, mas quase ninguém aparece para fazer compras.
As entradas das Ceasas de Maringá e Cascavel foram bloqueadas nesta quinta-feira (24). Alguns poucos comerciantes que já estavam na unidade conseguiram sair com pequenas cargas de hortifrutigranjeiros, principalmente com folhosas produzidas nas próprias regiões.
Em Foz do Iguaçu, a movimentação também foi pequena, com poucos comerciantes também comprando folhosas produzidas na região. A unidade também abastece o Paraguai, mas os compradores não conseguem passar pelas barreiras de caminhoneiros.
Na Ceasa de Curitiba, o Mercado do Produtor recebeu nesta quinta-feira (24) cerca de 90 agricultores, com pequenas cargas de hortifrutigranjeiros. Normalmente, 400 agricultores levam o que produzem ao local.
Segundo informações da área técnica da Ceasa, neste período do ano, a unidade recebe boa parte das frutas de outras regiões do país.
Preços
Os técnicos dizem que, se há pouca entrada de produtos no mercado, a tendência é que ocorram grandes aumentos nos preços.
Na Ceasa de Curitiba, a batata comum especial lavada (saco com 50 quilos), por exemplo, o preço quase dobrou: era cotada a R$ 80 na última segunda-feira (21); nesta quinta-feira, é negociada a R$ 150.
Em Maringá, a batata estava cotada em média a R$ 250. Na Ceasa de Londrina, a cotação de quarta-feira (23) da batata estava a R$ 280.