O Conselho Comunitário de Segurança de Apucarana (Conseg) promoveu, nesta sexta-feira (14), um curso de capacitação voltado à escuta especializada de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. A formação foi realizada na sede da OAB Apucarana e ministrada pelo policial e psicólogo Flávio Adriano Balan, referência no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), de Curitiba.
A capacitação reuniu profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Conselhos Tutelares e equipes da Assistência Social de diversas cidades do Vale do Ivaí. O objetivo foi fortalecer a rede de proteção, qualificando o primeiro atendimento e garantindo um acolhimento humanizado, sem revitimização.
Para a presidente da OAB Subseção Apucarana, a iniciativa supre uma demanda urgente:
“Muitas vezes dependemos de outros órgãos para realizar a escuta especializada, o que pode atrasar investigações urgentes. Essa capacitação nos dá condições de abordar vítimas e testemunhas com segurança, garantindo informações essenciais para proteger a criança e responsabilizar o agressor”, destacou.
O presidente do Conseg Apucarana, Vicente Batista Junior, reforçou a importância de preparar os profissionais que realizam o primeiro contato com as vítimas:
“Essa formação qualifica o acolhimento, garantindo cuidado desde os primeiros minutos e evitando a revitimização. É um conteúdo que precisa ser replicado entre conselhos tutelares, segurança pública e assistência social”, afirmou.
O vice-presidente do Conseg, Renato Ernesto Calabrese, ressaltou que a iniciativa inaugura um novo ciclo de capacitações na região:
“Essa especialização existia no Nucria de Curitiba, mas ainda não estava disponível em Apucarana. Faltavam profissionais preparados para esse atendimento inicial, que é decisivo. Hoje reunimos forças de segurança e assistência social de várias cidades, e este é apenas o primeiro de muitos cursos que queremos promover”, pontuou.
Responsável pela formação, o psicólogo e policial Flávio Balan apresentou técnicas de entrevista que evitam indução de respostas e preservam a saúde emocional das vítimas, contribuindo para um atendimento mais seguro e humanizado.
