Preso desde janeiro no presídio da Papuda, Clerison Pereira da Cunha, tinha 46 anos e morreu após infarto fulminante nesta segunda-feira (20). Ele tomava banho de sol, quando morreu. Laudo médico apontava severos riscos de morte caso continuasse na prisão e a sua defesa havia pedido mudança para o regime domiciliar.
Segundo reportagem do portal Metrópoles, o documento apresentava um quadro de vasculite — inflamação nos vasos sanguíneos — de múltiplos órgãos. Cleriston ficou internado por 33 dias em 2022 após ter sido diagnosticado com Covid-19. De acordo com a família, Clesão, como era conhecido, desenvolveu uma série de comorbidades.
A viúva de Cleriston, Jane Duarte, 45, destacou que pedia socorro pelo marido enquanto ele esteve preso. Ela contou que levava os remédios para o marido e que, com frequência, ele passava mal. O pedido foi reafirmado inclusive pela Ministério Público Federal, no entanto o STF indeferiu e o manteve encarcerado sem respostas para o tratamento que precisava.
Por conta do caso que virou tragédia e alegando descaso da justiça federal, deputados querem pedir o afastamento imediato do ministro Alexandre de Moraes, que conduz os processos do “8 de janeiro”. O ex-deputado e ex-procurador paranaense Deltan Dalagnol (NOVO-PR), também falou a respeito. “Não há palavras para a injustiça absurda praticada pelo Supremo”, disse.
