A Geada Negra de 1975 foi um evento climático devastador que atingiu o Norte do Paraná, causando grandes prejuízos à agricultura da região. O fato aconteceu nos dias 18 e 19 de julho de 1975 e ficou marcado como uma das piores geadas já registradas no Paraná. A intensidade das baixas temperaturas levou a perdas significativas nas lavouras de café, principal cultura da região, causando impactos socioeconômicos consideráveis para as cidades de Apucarana, Londrina, Maringá e toda a região.
Durante esses dois dias, as temperaturas caíram drasticamente, atingindo níveis negativos, e a geada se formou, cobrindo vastas extensões de plantações de café, o que resultou na queima das folhas e brotos das plantas. O dano foi generalizado e muitos produtores perderam grande parte de suas colheitas, afetando diretamente a economia agrícola da região.
Os efeitos dessa geada foram desastrosos para a produção de café do Norte do Paraná. A região era um importante polo cafeeiro e o principal fornecedor de grãos para o Brasil e o mundo. Com a perda das lavouras, houve uma redução significativa na oferta de café no mercado, o que levou a um aumento nos preços do produto. Essa situação também gerou um cenário de incerteza para os produtores e desafios para a economia local.
A recuperação após a Geada Negra de 1975 foi um processo lento e exigiu medidas de apoio aos agricultores afetados. Muitos produtores tiveram que diversificar suas atividades agrícolas ou buscar alternativas econômicas para enfrentar os impactos da crise. O governo e entidades agrícolas prestaram assistência técnica e financeira para auxiliar os produtores a se reerguerem.
Contudo, isso não evitou o prejuízo para todas as pessoas que dependiam direta ou indiretamente da cultura do café. Muitas pessoas e empresas faliram. Milhares de pessoas foram embora atrás de uma oportunidade para recomeçar a vida.
Já quem ficou, precisou arregaçar as mangas e enfrentar os desafios de uma nova fase socioeconômica no Norte do Paraná.
Apesar das consequências negativas, o evento também serviu de lição e estímulo para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais resilientes e tecnológicas na região. Novas técnicas de cultivo foram implementadas para reduzir os riscos climáticos e aumentar a produtividade das lavouras.
Atualmente, o Norte do Paraná continua sendo uma importante região produtora de café no Brasil, porém, com maior preparo para enfrentar adversidades climáticas. A Geada Negra de 1975 deixou um legado de superação e inovação, além de reforçar a importância de políticas de apoio e medidas preventivas para proteger a agricultura diante de eventos climáticos extremos.
Fotos: Portal Memória Brasileira, Museu Histórico de Londrina e londrinando.com
Por Louan Brasileiro