Desde o início de outubro, recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão a campo para coletar informações que vão compor o censo agropecuário 2017. Em Apucarana, deverão ser visitados nos próximos três meses cerca de 1.800 estabelecimentos rurais.
Uma avaliação desta fase inicial dos trabalhos foi feita nesta terça-feira (10/10), durante a primeira reunião da Comissão Municipal de Geografia e Estatística, criada para acompanhar as atividades. Além do IBGE, a comissão é composta por representantes da Prefeitura, Emater, Deral e Seab.
De acordo com Berenildo Fernandes Chagas, coordenador de sub-área do IBGE e presidente da comissão, o censo levantará dados da produção agropecuária, florestal e aquícola. “Estão sendo coletados dados, através de preenchimento de questionário eletrônico, sobre o total de estabelecimentos e o que produzem, utilização de pessoal e mão de obra, caracterização do produtor, distribuição e uso de terras”, enumera Berenildo.
Deverão ser informados dados referentes ao período de 1º de outubro de 2016 a 30 de setembro de 2017, abrangendo ainda informações como tratores, culturas agrícolas e produção animal. “O último censo agropecuário foi realizado em 2007 e desde então muita coisa mudou. Algumas culturas entraram em declínio e outras estão em franca expansão”, pontua Berenildo.
Em Apucarana e na região, a produção de arroz, alho e de suínos vem decaindo, enquanto outras atividades como a produção avícola vem ganhando espaço. “Hoje temos apenas duas máquinas de arroz na região: uma em Apucarana e outra em Marilândia do Sul. Há 20 ou 30 anos atrás, esse número era de 13 máquinas”, compara Berenildo, para demonstrar que muito poucos agricultores ainda se dedicam a essa atividade. “ E o censo vai confirmar se a atividade está em extinção ou não”, completa.
Além de Apucarana, a agência do IBGE abrange ainda os municípios de Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Jandaia do Sul, Marilândia do Sul, Marumbi, Novo Itacolomi e Rio Bom. “Entre um censo e outro são feitas estimativas e o censo vem para determinar a quantidade real da produção brasileira”, frisa Berenildo.
Em Apucarana, o trabalho de campo está sendo realizado por seis recenseadores e as autoridades pedem para que os agricultores forneçam as informações. “O produtor pode falar com tranqüilidade toda a realidade. Os dados da propriedade são sigilosos e somente serão divulgadas informações globais, com a somatória da produção brasileira”, ressalta José Luiz Porto, secretário municipal de Agricultura.