Apucarana recebeu grande público na avenida Jaboti neste domingo (30), para a 5a edição da Corridown. O evento promovido pela Associação Download e a prefeitura da cidade, teve a participação de mais de 200 inscritos na tarefa de caminhar ou correr uma volta no entorno do Lago Jaboti (3 km), ou em duas voltas, perfazendo 6 km de trajeto.
A concentração dos participantes começou às 8h e logo após a fala das autoridades e a coordenação do evento, foi o momento do alongamento básico. Então todos a postos, saíram à frente os corredores seguidos dos demais participantes, familiares e portadores de Síndrome de Down. A Guarda Civil Municipal, acompanhou o trecho de carro e motos e um pelotão de agentes percorreu os 6 km correndo atrás dos participantes para apoio de segurança.
A Corridown já é um evento que reune esportistas, autoridades, simpatizantes e apoiadores, que se juntam às pessoas com a trissomia do 21. Nesse evento, tem quem corra, quem faça apenas um treino, quem curte uma caminhada, um alongamento e também aqueles que vão só para bater um papo entre amigos. Tem gente que vai e nem se inscreve. E tá tudo bem. Porque, para nós, essa presença é uma força a mais que nos dão em nossas lutas diárias pelos direitos das pessoas com deficiência, na qualidade de vida.
A Associação Download de Apucarana, realiza ações e projetos, como oficinas de arte e pintura, de culinária, informática e alfabetização digital. Além dos atendimentos em psicopedagogia e outros, que são viabilizados a cada ano. Atualmente, a entidade tem mais de 100 famílias cadastradas em Apucarana, Arapongas e região. “Os projetos visam colaborar para a pessoa com síndrome de Down desenvolver autonomia e interação com a sociedade em condições de igualdade”, expressa a Associação.
Segundo a coordenação da associação, eventos como a Corridown, colaboram para esclarecer aspectos da síndrome de Down que a sociedade ainda desconhece. Também contribui para o fim dos preconceitos em relação às pessoas com a trossomia do 21 (T21).
Estudo publicado pela Universidade Federal de Goiás, aponta que a ocorrência de Síndrome de Down (ou trissomia do cromossomo 21) é de um caso para cada 700 nascimentos e estima-se que no Brasil existam 300 mil portadores, com 8000 novos casos a cada ano. São objetivos deste estudo a compreensão da evolução do desenvolvimento do portador, de como a família e a sociedade devem encarar a realidade e de como os portadores conseguem vencer suas limitações.
Os avanços, de forma positiva, na concepção e percepção das pessoas portadoras de Síndrome de Down confirmam que o preconceito e a discriminação são os principais entraves à inclusão social. O tratamento igualitário, a estimulação precoce e a crescente expectativa de vida dos portadores (de 60 anos, em média) levam a crer que os programas de intervenção não devem se limitar somente às crianças pequenas, mas a todas as faixas etárias, proporcionando a otimização da qualidade de vida e a construção da autonomia.
