Foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a morte de um homem de 55 anos por gripe em Londrina. Esse foi o primeiro caso de óbito neste ano no município devido a doença. O resultado foi divulgado após análise em laboratório contratado pelo Governo do Estado. Após perceber os sintomas, o paciente procurou atendimento no Hospital do Coração, área central da cidade, já que era cardíaco e ficou internado até não resistir e falecer no dia 16 de abril.
Além dessa morte, houve outras seis no Paraná, sendo três causadas pelo vírus do subtipo H1N1 e mais três por influenza A H3. Os casos aconteceram em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, Santa Izabel do Oeste, Ampere e Cafezal do Sul.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, explicou que a população não precisa ter medo. “Nós temos com garantia, em análises feita em laboratório, que foi descartada o H1N1 e H3N2, que são os mais circulantes e que mais a comunidade tem medo. O que o laboratório comprova é que foi uma Influenza do tipo A, mas que não foi conferido a soro tipagem nem do H e nem do N”, afirmou.
No ano passado, até neste período, mesmo antecedendo os dias mais frios do inverno, tinham sido três mortes por gripe. Com isso, o cenário em 2018 já é melhor. “Infelizmente é um dos casos que acontece todos os anos em função de Influenza. É o primeiro caso no município e é preciso que a gente tenha bastante cuidado ao analisa-lo, já que o histórico nos mostra que todos os anos nós temos pessoas que morrem em razão da gripe e este é mais um caso relacionado a essas mortes que sempre acontece”, analisou Sônia.
Ela também lembrou que a vítima já tinha outros problemas, o que pode ter piorado a situação. “Uma pessoa relativamente jovem mas que já tinha algumas comorbidades, era considerado uma pessoa cardíaca e isso pode ter influenciado na evolução da sua doença”.
Vacina
A campanha nacional de vacinação contra gripe começou no dia 23 de abril e vai até 1º de junho. Em Londrina, a expectativa é aplicar 160 mil doses da vacina que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “A gente sempre tem uma boa resposta dos grupos prioritários que podem tomar. Nosso último levantamento se refere a semana passada, quando estávamos com aproximadamente oito dias de campanha, e em torno de 32.500 doses”, comemorou Sônia.
Além de tomar a vacina, a população deve tomar cuidado com a proliferação do vírus da gripe. A coordenadora destacou os principais pontos: “O cuidado com higiene das mãos. lavar mesmo as mãos ou fazer uso do álcool gel quando possível, evitar aglomerações de pessoas, lugares muito fechados e procurar sempre usar um lenço descartável. São recomendações básicas, mas que temos que sempre falar”.
Podem tomar a vacina, as pessoas acima de 60 anos, gestantes, puérperas, crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, povos indígenas, profissionais da saúde, pessoas com doenças crônicas, detentos, funcionários de presídios e adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas. Os professores também foram incluídos na campanha desse ano.
Quem deseja tomar a vacina deve levar os documentos pessoais e, no caso das crianças, a carteirinha de vacinação. O Dia D da Campanha, data nacional de mobilização, é neste sábado, 12 de maio.
Com informações de Lino Ramos