O Senado mexicano aprovou nesta quarta-feira (10) um aumento nas tarifas de importação de produtos de 12 países, incluindo China, Brasil, Índia, Coreia do Sul e Rússia. A medida, aprovada por 76 votos a favor e cinco contra, entra em vigor em 1º de janeiro de 2026.
A mudança afetará 1.463 categorias de produtos, incluindo automóveis, roupas, calçados, plásticos e eletrodomésticos, com foco especial em produtos chineses. A proposta original previa tarifas de até 50%, mas a maioria foi reduzida para 20% a 35%.
Debates e críticas
Trinta e cinco senadores se abstiveram, alegando que o projeto foi elaborado às pressas e sob pressão dos Estados Unidos. O senador da oposição Mario Humberto Vázquez questionou se o México está realmente definindo sua política comercial ou apenas reagindo a Washington.
O governo defende a medida como uma forma de fortalecer a indústria nacional, gerar empregos e ampliar cadeias de suprimentos. “O objetivo é fortalecer a economia do México”, afirmou o senador Juan Carlos Loera, do Morena.
Pressão internacional
A proposta surge em meio à pressão comercial dos EUA e às negocações para a renovação do T-MEC. A China já sinalizou oposição à medida e avalia possíveis retaliações, enquanto representantes de setores econômicos alertam para riscos de inflação e custos de investimento.