O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou neste domingo (3) a troca do ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, por Rustem Umerov, ex-parlamentar ucraniano. Zelensky agradeceu a Reznikov pelos seus mais de 550 dias à frente do ministério em meio à guerra com a Rússia, mas disse que era preciso “novas abordagens” para lidar com o conflito.
A substituição de Reznikov ocorre após vários casos de corrupção envolvendo o Ministério da Defesa da Ucrânia, que abalaram a credibilidade da pasta. Embora Reznikov não tenha sido acusado de nenhum ato ilícito, ele acabou sendo afetado pela crise.
Zelensky afirmou que combater a corrupção em todos os níveis do governo da Ucrânia é essencial para as aspirações do país de se integrar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia.
Zelensky tem feito da luta contra os escândalos internos uma das suas principais bandeiras desde que foi eleito em 2019.
No sábado (2), um dos maiores oligarcas da Ucrânia e um dos principais apoiadores de Zelensky na campanha presidencial, Ihor Kolomoisky, foi detido sob suspeita de fraude.
Um tribunal de Kiev determinou que Kolomoisky ficasse 60 dias em prisão preventiva, enquanto as autoridades apuram as acusações contra ele.
O Departamento de Estado dos EUA já havia imposto sanções a Kolomoisky em março de 2021, por supostamente participar de “atos corruptos que comprometeram o Estado de direito e a confiança do povo ucraniano nas instituições democráticas e nos processos públicos do seu governo”.
