Um artigo da Nasa divulgado no começo de setembro alerta que “o oceano está com febre”, pois em março e abril “as médias das temperaturas da superfície do mar foram as mais altas já registradas pelo banco de dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (Noaa).
De acordo com Josh Willis, oceanógrafo do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, “estamos vivenciando um El Niño no Pacífico que se soma ao aquecimento global de longa duração que vem elevando as temperaturas dos oceanos de forma contínua em quase todas as regiões há um século”.
O artigo informa que, em agosto, foram detectadas “anomalias” na temperatura da superfície do mar. Chama a atenção que algumas zonas dos mares do planeta apresentaram temperaturas quentes acima de 3ºC.
Também são citadas variações de temperatura nas águas do noroeste do Oceano Pacífico, perto do Japão, e do nordeste, perto da Califórnia e Oregon, nos EUA. Do mesmo modo, foram observadas diferentes temperaturas nos oceanos Índico, Ártico (Sul) e Antártico.
Em Porto Rico, a ilha não ficou de fora da onda de calor global que está acontecendo. Desde junho, o Serviço Meteorológico Nacional dos EUA confirmou novos recordes de temperatura com índices de calor de até 46,6ºC.
Avisos de calor extremo começaram a ser emitidos e não cessaram desde então. Ainda segundo o Serviço Meteorológico Nacional, as temperaturas das águas que rodeiam a área de Porto Rico mudaram e alguns efeitos já são notáveis.
“Isso tem um impacto direto na regulação das temperaturas mínimas na ilha. Percebemos que os mínimos não estão baixando como antes. Então, todas as manhãs acordamos com temperaturas já altas e quando isso ocorre vemos que estamos mais vulneráveis a essas temperaturas extremas em toda a ilha de Porto Rico”, explicou Ernesto Morales, à CNN, coordenador de alerta do Serviço Meteorológico Nacional no escritório regional`.
