Mais uma morte intrigou o público, Tim Bergling, DJ Avicci como era conhecido, teria cometido suicídio. Morte por motivos de drogas, álcool, suicídios, não são incomuns no meio artístico.
Para o filósofo Fabiano de Abreu, que também é assessor de imprensa, a fama pode ser uma arma letal quando não equilibrada.
“A fama passa a ser um inimigo, quando esquecemos que o bom da vida é o simples. Quando não nos deixamos permitir obrigações. Quando percebemos que tudo que sobe, desce, que o fim é o mesmo para todos.”
Fabiano de Abreu que também é jornalista e escritor, tem em seu portfólio mais de duzentos personagens na imprensa brasileira e internacional. Acostumado a lidar com a fama, o filósofo tem em sua concepção que a morte do DJ, independente da causa, foi resultado de uma grande pressão:
“Jamais podemos esquecer que o fim é igual para todos, temos que buscar viver bem, e isso não depende da popularidade. Ser famoso não é ser Deus, é ser popular no meio em que trabalhas, aos olhos do público que o admira. As pessoas precisam de referências, se agarram a pessoas ou coisas que possam trazer conforto emocional.
Tornar-se referência não é para qualquer pessoa, muitos se cobram demais, foi o caso do Avicci. Ele se cobrava muito, tinha como meta fazer músicas e essas deveriam fazer sucesso.
A vontade de fazer música era maior que a de fazer shows, isso causou um estresse muito grande, o que afetou sua criatividade. Ele parou de fazer shows pois o estresse, a ansiedade, o tempo que lhe faltava para criar, estava deixando-o transtornado e afetou sua criatividade.
Por isso ele parou de fazer shows para fazer músicas, e essas não estavam surgindo, pois toda essa pressão, toda a pressão que envolve esse universo, causa transtornos que afetaram o que ele mais precisava, a sua criatividade.”
