O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, anunciou a ampliação da oferta de medicamentos para saúde mental na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível ambulatorial. A medida contempla pacientes atendidos na atenção primária e em outros serviços da rede pública, com foco no tratamento de ansiedade, depressão, esquizofrenia e dependência química.
O investimento previsto é de aproximadamente R$ 30 milhões por ano, e a expectativa é que os novos medicamentos estejam disponíveis nas farmácias do SUS a partir do primeiro semestre de 2026. Os fármacos serão fornecidos exclusivamente mediante prescrição médica.
A inclusão foi distribuída entre os componentes Básico e Especializado da Assistência Farmacêutica. No Componente Básico, passam a ser ofertados escitalopram, sertralina e venlafaxina, indicados para transtornos depressivos e de ansiedade, além da naltrexona, utilizada no tratamento da dependência de álcool e opioides. Já no Componente Especializado, foram incorporados o zuclopentixol e a paliperidona, destinados ao tratamento complementar da esquizofrenia e do transtorno esquizoafetivo.
A iniciativa foi definida pela Secretaria da Saúde em parceria com a Associação Paranaense de Psiquiatria. A aquisição dos medicamentos será realizada pelo Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e pelo Consórcio Paraná Saúde, com recursos repassados pelo Estado.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a ampliação representa um avanço significativo no cuidado com a saúde mental. “O ano de 2025 marca uma mudança na abordagem terapêutica da saúde mental no Paraná. Com a atualização do rol de medicamentos, estamos elevando a qualidade do tratamento e garantindo que terapias modernas cheguem a todos os pacientes”, destacou.
A ampliação da oferta de medicamentos se soma à ampla rede estadual de atendimento em saúde mental. O acesso aos serviços ocorre, inicialmente, pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios especializados, equipes multiprofissionais, hospitais gerais e hospitais especializados em psiquiatria. Em situações de urgência ou emergência, o atendimento pode ser realizado em UPAs, pelo SAMU, em prontos-socorros ou nos Caps, com continuidade do cuidado no território do paciente.
Com Agência Estadual de Notícias