A Polícia Civil de Apucarana concluiu o inquérito sobre o desaparecimento de Maurício Simões Felipeto, de 50 anos, e confirmou que ele foi assassinado. O caso, que começou como um simples desaparecimento, agora é tratado como homicídio qualificado.

O delegado André Garcia, da 17ª Subdivisão Policial, informou que o principal suspeito está preso preventivamente e já foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mesmo sem o corpo da vítima ter sido encontrado.
De desaparecimento a assassinato
Maurício foi visto pela última vez no dia 2 de maio, nas proximidades do Núcleo Habitacional Papa João Paulo I. A princípio, a polícia acreditava que ele pudesse ter se afastado por conta do histórico de dependência química, mas, com o avanço das investigações, surgiram elementos que apontaram para um crime de homicídio, mudando completamente o rumo do caso.
Provas e contradições
O suspeito, já conhecido no meio policial, foi visto com a vítima na noite do desaparecimento, em uma plantação de milho atrás do bairro. No local, os investigadores encontraram o tênis de Maurício e relatos de manchas de sangue. Segundo a Polícia Civil, provas técnicas e testemunhais confirmam o envolvimento do acusado e descartam a possibilidade de erro.
Durante o período de investigação, o homem ficou preso temporariamente por 60 dias, até a conversão da prisão em preventiva. Ele nega o crime, mas, conforme o delegado, as declarações apresentadas foram contraditórias e incompatíveis com as evidências coletadas.
Possível motivação e buscas
A principal linha de investigação indica que o crime foi motivado por uma disputa envolvendo drogas, já que tanto a vítima quanto o suspeito eram usuários. O acusado era temido na região e costumava andar armado com uma faca, que pode ter sido usada no assassinato.
Mesmo com a conclusão do inquérito, as buscas pelo corpo continuam. A operação conta com o apoio do Corpo de Bombeiros, cães farejadores e maquinário cedido pela Prefeitura de Apucarana.
De acordo com a Polícia Civil, o caso demonstra que ninguém fica impune após cometer um crime dessa natureza. As equipes seguem em campo também para dar uma resposta à família da vítima, que ainda aguarda um desfecho definitivo.
Abaixo a entrevista com o Delegado Dr. André Garcia: