Polícia Civil prende falsa contadora em Apucarana

A Polícia Civil de Apucarana prendeu uma mulher de 54 anos suspeita de falsificar notas fiscais para empresas de confecções que produzem produtos piratas.

Rosângela Maria de Oliveira foi detida num escritório de contabilidade no centro da cidade. Ela também é suspeita de criar empresas fantasmas e de falsificar holerites para obter crédito com as instituições bancárias e lojas comerciais.

“Diante dessas informações que esse escritório de contabilidade estaria fazendo esse tipo de negócio, nós encontramos diversas notas fiscais, e no momento que nós estávamos cumprindo o mando de busca, lá na hora entrou duas pessoas para pegar a nota fiscal que havia adquirido. Situação que corroboro a toda a nossa investigação,” afirma o Delegado Adjunto Dr. Marcus Felipe.

Ainda de acordo com o Delegado a acusada cobrava 4% do valor da nota fiscal e R$ 60,00 reais por holerite. Computadores foram apreendidos e agora serão encaminhados para perícia pois acredita-se que todas as transmissão das notas eram feitas via e-mail.

“Ela se apresentava como contadora, nós oficiamos o conselho regional de contabilidade para saber se ela era de fato contadora, e a resposta foi negativa, ela não é contadora. Ela vai ser autuada em flagrante de falsidade ideológica bem como por crimes contra a ordem tributária,” destaca o delegado.

A repórter Sílvia Vilarinho conversou com o Delegado Marcus, a entrevista segue no áudio abaixo.

O Delegado Chefe Dr. José Aparecido Jacovós informou que a polícia recebeu representações de escritórios de marcas conceituadas solicitando providências em relação as constantes falsificações feitas na cidade. “Nós da Polícia temos a obrigação também de investigar isso, por é um crime. Eu obviamente não quero que ninguém perca o emprego ou que a indústria seja fechada, agora se essa indústria funciona de forma ilegal e nós somos chamados para investigar, a missão da polícia é investigar crimes, e isso está previsto na legislação Brasileira como crime,” concluí Jacovós.

No áudio o Delegado Jacovós para sobre o assunto.

A Polícia divulgou uma gravação feita por telefone entre um informante e a acusada, um trecho da conversa segue abaixo.

INFORMANTE: Deixa eu falar, eu preciso mandar umas mercadorias para Americana São Paulo, você consegue arrumar um papelzinho pra mim manda?

ACUSADA: Você vai mandar hoje?

INFORMANTE: Não não, não é hoje não, é final de semana.

ACUSADA: Tranquilo a gente arruma sim,

INFORMANTE: E quanto se tá cobrando?

ACUSADA: O documento 4.

INFORMANTE: 4? 4?

ACUSADA: É 5, mas reconhecido 4. ( trecho não compreensível da conversa) 

INFORMANTE: Reconhecido firma é 4, entendi, ai já vem autenticado?

ACUSADA:  .Ah não, é tudo certinho, a nota fiscal é tudo correto.

INFORMANTE: Já é eletrônica né?

ACUSADA: É eletrônica.

INFORMANTE:  Então o CNPJ é quente? tudo certinho então?

ACUSADA:  É tudo certo, ai você passa pra mim os dados.

A gravação será usada também como prova, e a Polícia vai continuar investigando esse caso.

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