A Polícia Federal (PF) cumpre mandados judiciais de uma operação contra uma quadrilha especializada em explosões de agências bancárias na manhã desta quinta-feira 30/11, em cidades do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A ação foi denominada de Miguelito.
No total, foram expedidos 35 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Maringá, no norte do Paraná.
Até o momento, 12 pessoas tinham sido presas.
No Paraná, as ordens judiciais estão sendo cumpridas em Londrina, Cambé, Arapongas e Curitiba; em São Paulo, as ordens foram expediddas para Sandovalina e Euclides da Cunha Paulista; e no Mato Grosso do Sul, os mandados estão sendo cumpridos em Nova Andradina.
As investigações duraram 18 meses e foram identificados pelo menos dois grupos responsáveis por cerca de 20 ataques a instituições financeiras do Paraná e São Paulo.
De acordo com a PF, na maior parte dos assaltos, os grupos utilizavam armas de grosso calibre e tinham táticas de realização de diversos disparos durante os delitos, espalhando clima de terror na população de pequenas cidades. Em alguns casos, os criminosos fizeram reféns como escudos humanos durante os confrontos com a polícia.
Em um confronto com a polícia, em abril deste ano, seis suspeitos morreram quando atravessaram o Rio Paranapanema, em Alvorada do Sul, no norte do Paraná, quando voltavam de uma ação criminosa no interior de São Paulo.
Apoio da Sesp
Segundo a PF, as investigações e a deflagração da operação tiveram apoio da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp).
Crimes investigados
Os crimes investigados na operação são organização criminosa, roubo agravado, latrocínio, porte de arma de fogo de calibre restrito e exposição a perigo mediante explosão.