A Polícia Civil cumpre doze mandados judiciais em uma operação que apura um esquema de corrupção que causou um prejuízo superior a R$ 1 milhão ao Hospital Universitário de Londrina, no norte do Paraná. Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e cinco de sequestro de bens. Não há mandados de prisão expedidos.
As investigações começaram em outubro 2017, por meio de denúncias do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), quando se suspeitou que uma servidora pública, responsável pela Secretaria da Diretoria Clínica do Hospital Universitário, fraudava licitações para a contratação de serviços médicos através de empresas terceirizadas. Dessa forma, pagamentos indevidos eram gerados.
A servidora investigada foi encontrada morta em Bela Vista do Paraíso,
também no norte, no em outubro de 2018.
A investigação detalhou que a servidora copiava o Registro Demonstrativo de Frequência de Trabalho de um médico contratado por um empresa lícita e lançava junto no processo de pagamento de uma empresa que era do genro dela, um homem de 26 anos, que era estudante de medicina veterinária. Conforme a Polícia Civil, o mesmo trabalho era lançado duas vezes.
A Polícia Civil detalhou que era o genro dessa servidora que lançava notas fiscais com valor superior aos serviços prestados por médicos legalmente contratados, dessa forma a servidora conseguia justificar os gastos ao Estado.
Outra empresa, de uma médica recém- formada, que tem 29 anos, e que era a responsável técnica na empresa do genro da servidora, ganhou uma licitação e o esquema fraudulento passou a ser realizado pelas duas empresas, que foram criadas especificamente para fraudar licitações.
Uma terceira empresa ainda é investigada no caso, ela teria recebido um pagamento de R$ 295 mil e repassado o valor, a pedida da servidora morta, as outras duas empresas envolvidas.
São investigados no esquema, além do genro da servidora morta, a médica recém-formada, o dono da terceira empresa envolvida, o filho e o marido da servidora, o irmão do genro e a ex-diretora clínica e superintendente do Hospital Universitário, que atuava na época que ocorreram os desvios.
Foto:RPC/Fonte: G1