Relatório indica que 59% da força global de trabalho precisará de requalificação nos próximos anos

O mercado de trabalho vive uma das maiores reconfigurações de sua história. De acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), 59% da força de trabalho mundial precisará se requalificar até 2030 para acompanhar o ritmo das transformações tecnológicas e sociais.

O estudo aponta que 170 milhões de novos empregos devem ser criados, enquanto 92 milhões devem desaparecer, resultando em um saldo líquido de 78 milhões de novas oportunidades. Embora o número seja positivo, as vagas estarão concentradas em setores emergentes e altamente técnicos, o que amplia o risco de exclusão para quem não se atualizar.

A análise do WEF mostra que as profissões em crescimento refletem três grandes tendências globais:

  1. A digitalização da economia;
  2. A transição verde e o avanço das energias renováveis;
  3. O envelhecimento populacional e a reorganização social do trabalho.

Entre os setores com maior expansão estão tecnologia da informação, energia limpa, sustentabilidade, saúde e logística, todos com forte demanda por competências técnicas, analíticas e digitais.

Em contrapartida, atividades administrativas, operacionais e de rotina estão em declínio. A automação e a inteligência artificial vêm substituindo tarefas manuais e repetitivas, reduzindo drasticamente o número de funções de entrada e de médio nível.

O Fórum alerta que “as profissões tradicionais estão perdendo espaço rapidamente, e a adaptação das habilidades da força de trabalho será determinante para o futuro da empregabilidade”.

O relatório ressalta que a formação profissional contínua é o principal fator de permanência no mercado. Trabalhadores que se requalificam tendem a ocupar as novas posições criadas pelas transformações econômicas e tecnológicas.

Segundo o WEF, a velocidade das mudanças exige estratégias de aprendizado mais rápidas e direcionadas. Habilidades como análise de dados, pensamento crítico, resolução de problemas complexos e adaptabilidade estão entre as mais valorizadas pelas empresas.

O documento também destaca que 63% dos empregadores já relatam dificuldades para preencher vagas por falta de candidatos com o perfil técnico e digital adequado.

As próximas décadas serão marcadas por um mercado de trabalho dinâmico, multidisciplinar e tecnologicamente orientado. O Fórum Econômico Mundial reforça que investir em requalificação não é mais uma escolha, é uma necessidade estratégica.

A conclusão do relatório é clara: quem não investir em atualização e aprendizado contínuo corre o risco de se tornar irrelevante em um mercado que valoriza conhecimento, agilidade e capacidade de adaptação.

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