Parlamentares da oposição realizaram um protesto no Senado contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a sessão, senadores oposicionistas apareceram com adesivos na boca e ocuparam as mesas do plenário como forma de demonstrar apoio a Bolsonaro e protestar contra o que chamam de “censura” imposta pelo Judiciário.
Participaram do ato os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido; Izalci Lucas (PL-DF); Magno Malta (PL-ES); Marcos Pontes (PL-SP); Eduardo Girão (Novo-CE); Marcos Rogério (PL-RO) e Jorge Seif (PL-SC). A ação faz parte de uma estratégia da oposição para obstruir os trabalhos legislativos.
No plenário da Câmara dos Deputados, o clima também é de tensão. Parlamentares da base governista acionaram o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e cogitam levar o caso ao Conselho de Ética, alegando quebra de decoro.
Enquanto isso, deputados aliados de Bolsonaro pressionam para que Hugo Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pautem um pacote de medidas apelidadas de “anti-STF”. Entre as propostas estão o fim do foro privilegiado e a abertura de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. Ambos os presidentes do Congresso, no entanto, estão fora de Brasília.
Ocupação no plenário da Câmara
Além do protesto no Senado, deputados da oposição passaram a noite de terça (5) para quarta-feira (6) no plenário da Câmara. A ação, marcada por revezamento entre os parlamentares, foi organizada como resposta à decisão judicial contra o ex-presidente. A prática de pernoitar no Congresso tem sido utilizada nos últimos anos como forma de protesto político em momentos de forte polarização.
Com informações do G1 e CNN Brasil
Senadores da oposição usaram adesivos na boca em protesto contra a decisão do STF