O jejum de 125 anos da Ponte Preta chegou ao fim em grande estilo. Jogando no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, o time venceu o Londrina por 2 × 0 e conquistou o título da Série C do Campeonato Brasileiro, o primeiro troféu nacional da história do clube.
Depois do empate sem gols na partida de ida, em Londrina, as equipes chegaram ao jogo decisivo em igualdade de condições. Diante de mais de 14 mil torcedores, a Ponte mostrou superioridade e confirmou o favoritismo. Além da taça, os dois finalistas garantiram vaga na Série B de 2026.
Apesar de já ter levantado quatro vezes o troféu da Série A2 do Campeonato Paulista, a equipe campineira ainda não possuía um título de âmbito nacional. A conquista ganha ainda mais significado por ocorrer em um período de dificuldades financeiras — jogadores e funcionários chegaram a enfrentar atrasos salariais superiores a três meses.
A campanha vitoriosa foi comandada pelo técnico Marcelo Fernandes, que assumiu a equipe no fim da primeira fase, logo após deixar o rival Guarani. Sob seu comando, o time acumulou cinco vitórias, três empates e apenas duas derrotas em dez partidas.
O jogo da final começou equilibrado, mas aos três minutos do segundo tempo Jonas Toró abriu o placar de cabeça, após cruzamento pela esquerda. Foi o oitavo gol do atacante na competição, igualando a artilharia de Iago Teles, do Londrina. Aos 24 minutos, Toró sofreu pênalti e o capitão Élvis converteu, ampliando a vantagem e encaminhando o título.
Após o segundo gol, o confronto ficou tenso: o técnico Roger Silva e o zagueiro Vanderley, ambos do Londrina, foram expulsos, e o jogo ficou paralisado por cerca de dez minutos. Nada, porém, tirou o brilho da noite histórica no Majestoso, onde a Ponte Preta finalmente ergueu seu primeiro troféu nacional diante de uma torcida em êxtase.
