A participação de grandes atletas em fase final de uma competição, independente da modalidade esportiva, é algo já esperado. Nesta final dos Jogos Abertos do Paraná, em Apucarana, são vários os destaques, seja dos municípios, nível nacional ou até mesmo internacional. No ciclismo, entre alguns nomes renomados, Gabriela Yumi Nishi Gomes, de Maringá, é um deles. A atleta que é da Seleção Brasileira de Ciclismo desde 2012 conquistou duas medalhas de ouro, na prova velocidade individual (13’686) e na de 500 metros (36’919).
Gabriela começou sua relação com o esporte por meio da natação, quando seu técnico abriu uma escolinha de triatlo e a convidou, resultando no amor e destaque na modalidade.
Com o tempo e dedicação, conquistou títulos importantes como: medalha de ouro, prova de keirin, e medalha de prata, prova de velocidade, no Pan-Americano, em 2012, realizado em Guatemala; Campeã Brasileira de 2013, prova de keirin; Vice Pan-Americano, 2014, prova de keirin; Medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2014, velocidade por equipes, disputado no Chile, além de em 2012 ser eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a melhor atleta de ciclismo na modalidade pista.
Com toda a vivência no mundo do ciclismo, Gabriela faz questão de participar dos Jogos Abertos do Paraná. “Eu gosto muito porque represento o município e nesses jogos é feito um trabalho em grupo. Cada uma faz a sua parte nas provas e eu acho muito legal esse espírito de equipe”, disse.
Veterana na competição, a atleta avaliou a edição de número 60 e não escondeu o orgulho de ver mais mulheres participando, já que nos outros anos via o predomínio masculino na modalidade. “O nível estava bem forte e este ano tivemos mais número de meninas do que nos outros anos, o que é bem interessante, já que a categoria masculina sempre foi bem maior que a feminina. Neste ano vimos que está crescendo bastante”, contou.
Se um dia o esporte começou com uma brincadeira, hoje se tornou profissão. Viver o ciclismo e do ciclismo é algo de muito orgulho e satisfação não só para ela, mas a todos que a ajudaram desde o início.
Mas ela contou que precisou trabalhar duro para chegar a esta posição. “Quando terminei o ensino médio meus pais falaram que eu tinha um ano para mostrar evolução, se eu crescesse no ciclismo poderia me dedicar totalmente como profissão, caso contrário voltaria a estudar. Mas hoje é a minha profissão e dedico às medalhas para toda equipe de Maringá que sempre me apoiou muito. Só tenho a agradecer e fico muito feliz de trazer esses resultados para a equipe”, finalizou.