Presos fizeram uma rebelião na Cadeia Pública de Cambé, na madrugada desta quarta-feira (27), segundo a Polícia Civil. No total, oito presos conseguiram fugir.
Um grupo conseguiu sair da carceragem da delegacia, onde funciona a cadeia, e pulou o muro que cerca o local, conforme informações da polícia. Os policiais também disseram que as equipes atiraram para tentar conter os fugitivos.
Os presos que ficaram na cadeia se rebelaram e colocaram fogo em colchões. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas e socorrer presos que se feriram no incêndio, segundo a Polícia Civil. Alguns tiveram queimaduras de segundo grau.
A delegacia foi isolada e a situação controlada.
Inicialmente a polícia informou que 12 presos haviam fugido. Depois de uma contagem nominal, confirmou-se a fuga de oito presos. Até as 15h, três haviam sido capturados.
A cadeia tem capacidade para 54 detentos, mas no momento da fuga abrigava 190 presos, muitos deles já condenados e que já deveriam ter sido transferidos para penitenciárias do estado.
Superlotação
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária explicou que a transferência de presos é de responsabilidade do Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), presidido pela Vara de Execuções Penais.
“A solução para o caso de superlotação são as 14 obras de construção e ampliação de unidades prisionais do Estado. Serão abertas cerca de 7 mil novas vagas com essas novas unidades prisionais. A previsão é que até o meio do ano que vem serão abertas mais de 2,4 mil vagas e até o fim de 2018 todas as quase 7 mil novas vagas”, destacou.
No documento, a Sesp observou ainda que no início de 2011 a Polícia Civil gerenciava cerca de 14 mil presos e atualmente o número é de aproximadamente 9 mil.